Certo dia despertei... corri por entre os espaços vazios em mim, vi que não havia chão, livros ou quadros.
A moldura vazia me levou a tocar seu frio tom-negro, era apenas o nada... as paredes, onde estão as paredes? onde estão meus livros?
agora vejo as estrelas, elas brilham intensamente e clareiam a noite... onde está o chão? eu piso no vento, eu sinto a brisa nos pés...
Vejo os planetas, posso tocá-los... e a estrela cadente me sorrir me cedendo um desejo...
olho a lua tão de perto, linda e grande, o céu infinito... sinto o balançar do espaço e me sinto livre.
Percebo que despertei, despertei de mim, despertei da parte de mim que nunca viu a vida... despertei a parte de mim que queria ver além da pintura do quadro...
que queria se livrar do acúmulo e ver as estrelas...
que amava sem perceber o espetáculo do céu negro que apresenta a lua...
que percebeu sua capacidade de descoberta...
que sentiu pela primeira vez a música da brisa...
Percebo que despertando pude ver além de todas as belezas... pude ver o simples e perceber que é nele que reside meu coração.
Desejo que todos possam por um segundo ver além e perceber que a beleza está no simples e que neste você se encontra!
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