sábado, 19 de dezembro de 2009

Estou cansada!
Cansada de ter que as vezes ser o que não sou para agradar as pessoas.
Cansada de sorrir quando sinto uma enorme vontade de chorar, chorar até extravasar ou secar minhas lágrimas, que luto para que não inundam o meu rosto, por achar que não se vale a pena.
Cansada de fingir sentir o que não sinto e tantas vezes fingi apenas para agradar aqueles que, nunca se importaram em saber se estavam me agradando.
Cansada de dizer palavras sinceras tão sinceras que mesmo assim foram duvidadas não acreditadas ou simplesmente jogadas no lixo ou debochadas, acima dessa sinceridade fora massacradas por certos convencimentos, esnobismo e mania de grandeza.
Cansada! de ouvir e nunca ser ouvida com a mesma atenção, com a mesma paciência, na maior boa vontade que eu, quantas vezes sem que pudessem ver a tristeza que se estampava em meus olhos por achar que devia ter feito mais ou quando achava que havia fracassado em ajudar quem tanto precisava da minha ajuda. Para depois ganhar um beijo, o beijo da traição da falsidade, da mediocridade, o beijo que arde e machuca.
Cansada! De viver brincando fazendo brotar sorrisos dos lábios das pessoas ou arrancando boas gargalhadas e ser tachada de engraçada, sempre com as mãos no coração das pessoas amenizando a suas dores, fazendo-as esquecer por um momento com esse meu jeito louco de ser o seu desespero, suas solidão, depressão e fracassos ou mesmo a dores do amor a dor da rejeição ou a dor da doença, para depois virem com palavras ásperas, duras, amargas, frias.
Ouve sim varias vezes que pensei que estava sentindo outra vez o amor, mas não, era apenas uma ilusão uma paixão que como num passe de mágica acaba da mesma forma que veio, termina se bem ou acaba-se muito mal mas... simplesmente acaba.
Cansada! De pessoas que não me conhecem não convivem comigo, nunca me viram, dizer que fiz ou disse isso ou aquilo, e na hora da satisfação a pessoa simplesmente coloca uma cara de anjo e tira o corpo fora para não se afogar em suas próprias acusações sem ter como se defender esquece-se da educação ou fingi esquecer sem nem um pedido de desculpas de ambas as partes a que disse a que acreditou, simplesmente somem e se calam assustadoramente em uma atitude covarde.

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